Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio
e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um
forte sincretismo associando Santos Católicos aos Orixás Africanos;
· Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio
Fernandino de Moraes;
· Umbanda
Branca e/ou de Mesa - Com um cunho espírita muito expressivo. Nesse tipo de
Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos, nem o trabalho
dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo,
imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias
como caboclos, preto-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização
de livros espíritas como fonte doutrinária;
· Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto.
Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos
Guias;
· Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe
uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira
para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito
tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
· Umbanda Esotérica - É diferenciada entre
alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta
(Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a “Aumbhandan: conjunto de
leis divinas";
· Umbanda
Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre
Rivas Neto (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma
convergência doutrinária, sete ritos, e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de
Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente
em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito;
· Umbanda de Caboclo - influência da cultura
indígena brasileira com seu foco principal nas entidades conhecidas como
"Caboclos";
· Umbanda de
Preto-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos
sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos preto-velhos;
Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada, diferenciam-se
das outras por diversos aspectos peculiares. A Umbanda por ser uma religião
sincrética se utiliza de um vasto simbolismo em seus trabalhos, e ela tem nesse
simbolismo um de seus maiores fundamentos, que se aplica na identificação das
entidades e na sustentação das linhas de trabalhos espirituais, cada qual com
seu nível vibratório. Esse simbolismo também identifica o campo vibratório a
qual a entidade desenvolve seu trabalho, e sob qual Orixá, ou força da
natureza, é regido.
Os fundamentos da Umbanda variam de acordo coma
vertente que a pratique, mas existem alguns conceitos básicos que são
encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado,
ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles:
· A existência de uma fonte criadora universal,
um Deus Supremo, chamado Olorum ou Zambi;
· O culto aos Orixás como manifestações divinas, onde cada Orixá se
confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade
humana, em suas necessidades, construções de vida e sobrevivência;
· O mediunismo como forma de contato entre o
mundo físico e o espiritual, manifestado de diferentes formas;
· A manifestação das Entidades, ou Guias,
espíritos ainda em processo de evolução, para exercerem o trabalho espiritual
incorporado em seus médiuns, organizados em planos e/ou linhas de evolução;
· Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e
espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, de
acordo com suas raízes, que existe para nortear seus trabalhos;
· Tem como fundamento básico de seus rituais: o
uso do branco, não cobrar pelos trabalhos, não matar e não utilizar o
sacrifício de animais
· A obediência
aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e
respeito ao próximo e por si mesmo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em
todas as manifestações existentes;
· A crença na imortalidade da alma;
· A Crença na reencarnação e nas leis kármicas;
Candomblés de Nação Ketu, Efã e Ijexá cultuam um
deus supremo chamado de Olorun ou Olodumaré e a natureza deificada,
personificada nas divindades chamadas Orixás. Um fato que chama a atenção é que
algumas divindades que originalmente eram Voduns na África foram adicionadas ao
panteão nagô e passaram a fazer parte do ritual, sendo inclusive consideradas
no Brasil como Orixás. Vejamos então no quadro abaixo alguns Orixás cultuados
nesses Candomblés:
ORIXÁS ATRIBUTOS OBSERVAÇÕES Olorum ou Olodumaré
Deus supremo Considerado a manifestação jovem de Oxalá (ou Oxaguiã Orixá da
criação da cultura material e da Obatalá). Originalmente, na África, é filho de
sobrevivência Oxalufã e neto de Obatalá. Considerado a manifestação idosa de
Oxalá (ou Oxalufã Orixá da criação da humanidade, do sopro da Obatalá).
Originalmente, na África, é o filho de vida Obatalá. Yemanjá Orixá das grandes
águas, do mar e do oceano, da maternidade, da família e da saúde mental Ogum
Orixá da metalurgia, da agricultura, da tecnologia, das estradas e da guerra
Xangô Orixá do trovão e da justiça Oxóssi Orixá da fauna, da caça e da fartura
de É também conhecido como Odé. alimentos Ossaim Orixá da vegetação e da flora,
da eficácia dos remédios e da medicina Nanã Orixá da lama do fundo das águas,
dos Originalmente, na África, era um Vodum e não pântanos, da educação, da
velhice e da morte um Orixá. Ewá Orixá das fontes, nascentes e riachos e da
Originalmente, na África, era um Vodum e não harmonia doméstica um Orixá. Logun
Edé Orixá dos rios que correm nas florestas Obá Orixá dos rios, dos trabalhos
domésticos e do poder da mulher Oyá Orixá do relâmpago, da sensualidade e dona
dos É também chamada de Iansã. espíritos dos mortos Oxum Orixá da água doce, do
amor, da fertilidade, da gestação, dos metais preciosos e da vaidade Oxumarê
Orixá do arco-íris e da riqueza que provém das colheitas É também chamado de
Omulu ou Xapanã. Obaluaiê Orixá da varíola, pragas, doenças e da cura de
Originalmente, na África, Obaluaiê e Omulu é, doenças físicas respectivamente,
a manifestação jovem e velha do Vodum Xapanã. Orunmilá-Ifá Orixá do destino
Orixá mensageiro, da transformação e da Exu potência sexual, guardião das
encruzilhadas e da entrada das casas.
Uma possível influência da Umbanda sobre o Omolokô
é a existência de uma separação dos Orixás em duas classes: Orixás Maiores e
Orixás Menores. Os Orixás Maiores, ou apenas Orixás, são entendidos como sendo
uma energia emanada de Zambi e portanto nunca passaram pelo processo de
encarnação. São os responsáveis pelo movimento da natureza e pela formação e
manutenção da vida. São considerados onipresentes e únicos. Os Orixás Menores,
por sua vez, são entendidos como espíritos que passaram pelo processo de
reencarnação e que alcançaram uma grande elevação espiritual e que por isso
foram dotados de poderes sobrenaturais pelos Orixás Maiores, sendo considerados
os intermediários entre estes últimos e os demais espíritos. Por este motivo,
eles utilizam o nome do Orixá Maior ao qual estão subordinados seguidos de um
sobrenome, chamado de Dijina, por exemplo: Ogum Beira Mar, Seria um Orixá
Menor subordinado do Orixá maior Ogum.
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