É verdade que a pessoa que entra para trabalhar na Umbanda não pode mais
sair, porque senão atrasa a vida?
Não, não é verdade, assim como não é verdade que a vida da pessoa vai para frente se ela entrar para a Umbanda. O que ocorre é que ao entrar para a corrente de um terreiro de Umbanda a pessoa passa a dar vazão e a desenvolver sua mediunidade, assume compromissos e responsabilidades, se tranqüiliza, se harmoniza, melhora vibrátil e evolucionalmente (ou pelo menos deveria). O “atraso na vida” da pessoa pode ocorrer porque ela deixa de poder se equilibrar, cuidar, evoluir e fazer caridade; conseqüentemente deixa de ter tranqüilidade para resolver inúmeras questões, inclusive as mais simples. E isto ocorre porque a pessoa deixa o terreiro, mas não deixa de ser médium, então continuará recebendo influências do Astral, entretanto, se não tiver uma vida regrada, reta, de conduta ilibada e não fizer caridade, o Astral que a estará influenciando será o inferior.
Qual a função dos banhos de ervas?
Tem ervas que são para descarrego, outras para energização, outras com ambas as funções, outras preparatórias para algum tipo de trabalho. Dependendo da necessidade, o médium tomará o seu banho de ervas objetivando sempre uma melhor harmonização com as forças da natureza, para a consecução dos objetivos propostos. Os banhos de ervas envolvem uma ritualística preparatória e não devem ser tomados indiscriminadamente, mas com orientação do Dirigente do Terreiro ou de pessoas a sua ordem, pois sem o conhecimento específico do problema ou objetivo, o banho pode ter efeito contrário. Exemplo disto: se a pessoa estiver agitada demais não deverá tomar banho com uma erva de Ogum ou Iansã, pois poderá ficar mais agitada ainda.
O médium quando está incorporado sabe tudo que está acontecendo e o que a pessoa está conversando com o guia?
Normalmente sim. A grande maioria dos médiuns é consciente ou semi-consciente (como alguns falam), ou seja, sabe o que está acontecendo mas não têm ingerência sobre as atitudes da Entidade. Normalmente logo após a consulta ainda lembram algumas coisas, que vem forma de “flash”, mas logo depois vão se esquecendo. Após um determinado tempo só lembram que atenderam com suas entidades, uma ou outra pessoa. Somente os médiuns totalmente inconscientes é que não sabem o que está se passando durante a consulta, mas esses médiuns são cada vez mais raros. Mas se a sua preocupação com essa pergunta é se você pode conversar sobre qualquer assunto com a Entidade que o médium não vai contar prá ninguém, isso dependerá da índole do médium.
Qual é a importância ou a necessidade do uso das roupas brancas?
A cor branca representa a pureza, é a cor de Oxalá, sincretizado na Umbanda com Jesus Cristo. São roupas de importância ritualística, devem ser tratadas de maneira especial, não devem ser lavadas misturadas com as roupas do dia-a-dia, e são usadas exclusivamente para este fim. Além do branco ser uma cor que absorve as vibrações mas não as retém.
E os colares na Umbanda?
Quanto aos “colares”, os quais chamamos de guias, são pontos que auxiliam a fixar a energia da vibração do Orixá ou entidade. Têm a função de atração e proteção. Tanto a quantidade de contas, quanto o tipo variam de terreiro para terreiro conforme a orientação do Guia Chefe do terreiro ou do Dirigente (Pai ou Mãe no Santo). As guias são preparadas seguindo os preceitos de cada Casa, não devem ser compradas prontas, pois antes das contas serem enfiadas, elas são submetidas a um preparado de ervas que também variará de terreiro para terreiro.
E esses despachos que vemos nas ruas, encruzilhadas, com bichos mortos? Isso é o que? Quem faz?
Certamente não são pessoas que respeitem a Umbanda, nem o Candomblé, ou o Omolocô, aliás são pessoas que não respeitam nada. Pessoas ignorantes são encontradas em todos os segmentos religiosos. Não aceitamos isso assim como não aceitamos oferendas que sujem os reinos da natureza, pois como já tivemos oportunidade de dizer, isto é uma incoerência além de ser uma tremenda falta de educação e civilidade.
Qual a importância de uma gira de Exu?
Expurgar, descarregar, encaminhar, limpar o terreiro e os médiuns de todos os trabalhos de desobsessão realizados durante o mês. Oportunidade, através da incorporação, a evolução de Exu e Pomba Gira, nos aconselhando com eles sobre questões mais terra-a-terra. Não podemos nos esquecer que é Exu e Pomba Gira que dão o primeiro combate contra as forças trevosas, são eles que nos defendem, são eles que representam e trazem as ordens dos enviados de Orixá para os níveis mais baixos da crostra. São eles que executam o carma. Que limpam e descarregam. São eles que atuam como elementos magísticos para o desmanche de trabalhos de magia negra. Enfim, sempre respeitando quem pensa diferente, é assim que trabalhamos com Exu e Pomba Gira na Umbanda
Por que alguns Caboclos de Oxoce gritam e outros assobiam quando incorporam ou quando estão trabalhando?
O brado do Caboclo e o assovio são representações, ao nível de terra, ou seja, de incorporação, dos sons da natureza. Têm a função de espargir fluidos para a facilitação dos trabalhos que estão para serem realizados, utilizando o ectoplasma do médium e o aparelho fonador do mesmo. O médium vidente poderá facilmente observar sair da boca do médium incorporado, enquanto o Caboclo brada, a energia na cor verde (que é a cor de Oxoce, orixá da saúde e da energia vital) espalhando-se pelo ambiente, o energizando e purificando. Assim como os defumadores, charutos e cachimbos utilizados nas giras de Umbanda têm a mesma função, ou seja, preparar o ambiente para os trabalhos, através da queima de ervas.
O que é uma oferenda?
Na Umbanda trabalha-se com os quatro elementos da Natureza: água, fogo, terra e ar, como matéria-prima básica. Manejados convenientemente, por entidades especialistas, promovem o equilíbrio, o descarrego, a harmonia. Na Umbanda, em respeito à Natureza, nada pode ser retirado sem uma restituição ao elemento básico. Muitas vezes, ao entregar-se determinada oferenda, por afinidade fluídica, a mesma fica saturada dos fluidos densos retirados do solicitante, pelas entidades. Assim, os Exus utilizam o álcool com fins de evitar os vícios no médium; o dendê, para evitar a desordem psíquica; a farofa, para trazer bens materiais (alimentação); a pipoca, para atrair doenças cármicas dirigidas ao médium.
Por que se fala tanto em arruda, guiné e outras ervas?
São ervas que, pela utilização popular e orientação espiritual, ficaram muito conhecidas. As ervas, ao crescerem, absorvem as radiações do Sol, da Lua, dos minérios, enfim, de toda a natureza, e dos elementos espirituais, à semelhança da aura humana. A arruda é conhecida por murchar e secar em casas, terrenos ou regiões onde há abundância de fluidos danosos. Um verdadeiro termômetro da natureza.
E defumação?
Nada mais é do que plantas que, com todo o magnetismo absorvido da natureza, ao serem queimadas e suas emanações dirigidas por entidades encarregadas da purificação de ambientes, diluiriam fluidos pesados ou atrairiam boas vibrações. Usam-se desde a tradicional arruda ou outras ervas, cascas de alho, açúcar, resinas aromáticas, etc.
Afinal, qual a diferença entre Exu e quiumba?
Os quiumbas são malfeitores do astral, avessos ao bem e altamente perturbadores. Tanto que há concordância entre autores quanto ao fato de serem eles os verdadeiros executores dos trabalhos destinados ao mal. São os costumeiros “encostos” ou “rabos de encruza”. Fazem-nos pensar que muitos quiumbas mistificam, fingindo, em casas desatentas, serem Exus ou até mesmo Orixás, com fins de alcançar seus objetivos. Os Exus, não. São eles que desmancham os trabalhos de magia negra, transportando magneticamente as mazelas, as dores e doenças físicas e espirituais, aliviando carmas. Alguns Exus, por estarem ainda no início de sua evolução, como trabalhadores do bem, necessitam, necessitam orientação e doutrina, tanto pelo médium como pelos diretores dos trabalhos (cacique, chefe ou babalorixá) e devem ser colocados na disciplina da casa. Daí temos os Exus orientados, que não pedem sacrifícios, com oferendas mais simples, e aqueles que não tiveram uma colocação correta, que se acostumam com extravagâncias e exigências repletas de vaidades humanas.
Não, não é verdade, assim como não é verdade que a vida da pessoa vai para frente se ela entrar para a Umbanda. O que ocorre é que ao entrar para a corrente de um terreiro de Umbanda a pessoa passa a dar vazão e a desenvolver sua mediunidade, assume compromissos e responsabilidades, se tranqüiliza, se harmoniza, melhora vibrátil e evolucionalmente (ou pelo menos deveria). O “atraso na vida” da pessoa pode ocorrer porque ela deixa de poder se equilibrar, cuidar, evoluir e fazer caridade; conseqüentemente deixa de ter tranqüilidade para resolver inúmeras questões, inclusive as mais simples. E isto ocorre porque a pessoa deixa o terreiro, mas não deixa de ser médium, então continuará recebendo influências do Astral, entretanto, se não tiver uma vida regrada, reta, de conduta ilibada e não fizer caridade, o Astral que a estará influenciando será o inferior.
Qual a função dos banhos de ervas?
Tem ervas que são para descarrego, outras para energização, outras com ambas as funções, outras preparatórias para algum tipo de trabalho. Dependendo da necessidade, o médium tomará o seu banho de ervas objetivando sempre uma melhor harmonização com as forças da natureza, para a consecução dos objetivos propostos. Os banhos de ervas envolvem uma ritualística preparatória e não devem ser tomados indiscriminadamente, mas com orientação do Dirigente do Terreiro ou de pessoas a sua ordem, pois sem o conhecimento específico do problema ou objetivo, o banho pode ter efeito contrário. Exemplo disto: se a pessoa estiver agitada demais não deverá tomar banho com uma erva de Ogum ou Iansã, pois poderá ficar mais agitada ainda.
O médium quando está incorporado sabe tudo que está acontecendo e o que a pessoa está conversando com o guia?
Normalmente sim. A grande maioria dos médiuns é consciente ou semi-consciente (como alguns falam), ou seja, sabe o que está acontecendo mas não têm ingerência sobre as atitudes da Entidade. Normalmente logo após a consulta ainda lembram algumas coisas, que vem forma de “flash”, mas logo depois vão se esquecendo. Após um determinado tempo só lembram que atenderam com suas entidades, uma ou outra pessoa. Somente os médiuns totalmente inconscientes é que não sabem o que está se passando durante a consulta, mas esses médiuns são cada vez mais raros. Mas se a sua preocupação com essa pergunta é se você pode conversar sobre qualquer assunto com a Entidade que o médium não vai contar prá ninguém, isso dependerá da índole do médium.
Qual é a importância ou a necessidade do uso das roupas brancas?
A cor branca representa a pureza, é a cor de Oxalá, sincretizado na Umbanda com Jesus Cristo. São roupas de importância ritualística, devem ser tratadas de maneira especial, não devem ser lavadas misturadas com as roupas do dia-a-dia, e são usadas exclusivamente para este fim. Além do branco ser uma cor que absorve as vibrações mas não as retém.
E os colares na Umbanda?
Quanto aos “colares”, os quais chamamos de guias, são pontos que auxiliam a fixar a energia da vibração do Orixá ou entidade. Têm a função de atração e proteção. Tanto a quantidade de contas, quanto o tipo variam de terreiro para terreiro conforme a orientação do Guia Chefe do terreiro ou do Dirigente (Pai ou Mãe no Santo). As guias são preparadas seguindo os preceitos de cada Casa, não devem ser compradas prontas, pois antes das contas serem enfiadas, elas são submetidas a um preparado de ervas que também variará de terreiro para terreiro.
E esses despachos que vemos nas ruas, encruzilhadas, com bichos mortos? Isso é o que? Quem faz?
Certamente não são pessoas que respeitem a Umbanda, nem o Candomblé, ou o Omolocô, aliás são pessoas que não respeitam nada. Pessoas ignorantes são encontradas em todos os segmentos religiosos. Não aceitamos isso assim como não aceitamos oferendas que sujem os reinos da natureza, pois como já tivemos oportunidade de dizer, isto é uma incoerência além de ser uma tremenda falta de educação e civilidade.
Qual a importância de uma gira de Exu?
Expurgar, descarregar, encaminhar, limpar o terreiro e os médiuns de todos os trabalhos de desobsessão realizados durante o mês. Oportunidade, através da incorporação, a evolução de Exu e Pomba Gira, nos aconselhando com eles sobre questões mais terra-a-terra. Não podemos nos esquecer que é Exu e Pomba Gira que dão o primeiro combate contra as forças trevosas, são eles que nos defendem, são eles que representam e trazem as ordens dos enviados de Orixá para os níveis mais baixos da crostra. São eles que executam o carma. Que limpam e descarregam. São eles que atuam como elementos magísticos para o desmanche de trabalhos de magia negra. Enfim, sempre respeitando quem pensa diferente, é assim que trabalhamos com Exu e Pomba Gira na Umbanda
Por que alguns Caboclos de Oxoce gritam e outros assobiam quando incorporam ou quando estão trabalhando?
O brado do Caboclo e o assovio são representações, ao nível de terra, ou seja, de incorporação, dos sons da natureza. Têm a função de espargir fluidos para a facilitação dos trabalhos que estão para serem realizados, utilizando o ectoplasma do médium e o aparelho fonador do mesmo. O médium vidente poderá facilmente observar sair da boca do médium incorporado, enquanto o Caboclo brada, a energia na cor verde (que é a cor de Oxoce, orixá da saúde e da energia vital) espalhando-se pelo ambiente, o energizando e purificando. Assim como os defumadores, charutos e cachimbos utilizados nas giras de Umbanda têm a mesma função, ou seja, preparar o ambiente para os trabalhos, através da queima de ervas.
O que é uma oferenda?
Na Umbanda trabalha-se com os quatro elementos da Natureza: água, fogo, terra e ar, como matéria-prima básica. Manejados convenientemente, por entidades especialistas, promovem o equilíbrio, o descarrego, a harmonia. Na Umbanda, em respeito à Natureza, nada pode ser retirado sem uma restituição ao elemento básico. Muitas vezes, ao entregar-se determinada oferenda, por afinidade fluídica, a mesma fica saturada dos fluidos densos retirados do solicitante, pelas entidades. Assim, os Exus utilizam o álcool com fins de evitar os vícios no médium; o dendê, para evitar a desordem psíquica; a farofa, para trazer bens materiais (alimentação); a pipoca, para atrair doenças cármicas dirigidas ao médium.
Por que se fala tanto em arruda, guiné e outras ervas?
São ervas que, pela utilização popular e orientação espiritual, ficaram muito conhecidas. As ervas, ao crescerem, absorvem as radiações do Sol, da Lua, dos minérios, enfim, de toda a natureza, e dos elementos espirituais, à semelhança da aura humana. A arruda é conhecida por murchar e secar em casas, terrenos ou regiões onde há abundância de fluidos danosos. Um verdadeiro termômetro da natureza.
E defumação?
Nada mais é do que plantas que, com todo o magnetismo absorvido da natureza, ao serem queimadas e suas emanações dirigidas por entidades encarregadas da purificação de ambientes, diluiriam fluidos pesados ou atrairiam boas vibrações. Usam-se desde a tradicional arruda ou outras ervas, cascas de alho, açúcar, resinas aromáticas, etc.
Afinal, qual a diferença entre Exu e quiumba?
Os quiumbas são malfeitores do astral, avessos ao bem e altamente perturbadores. Tanto que há concordância entre autores quanto ao fato de serem eles os verdadeiros executores dos trabalhos destinados ao mal. São os costumeiros “encostos” ou “rabos de encruza”. Fazem-nos pensar que muitos quiumbas mistificam, fingindo, em casas desatentas, serem Exus ou até mesmo Orixás, com fins de alcançar seus objetivos. Os Exus, não. São eles que desmancham os trabalhos de magia negra, transportando magneticamente as mazelas, as dores e doenças físicas e espirituais, aliviando carmas. Alguns Exus, por estarem ainda no início de sua evolução, como trabalhadores do bem, necessitam, necessitam orientação e doutrina, tanto pelo médium como pelos diretores dos trabalhos (cacique, chefe ou babalorixá) e devem ser colocados na disciplina da casa. Daí temos os Exus orientados, que não pedem sacrifícios, com oferendas mais simples, e aqueles que não tiveram uma colocação correta, que se acostumam com extravagâncias e exigências repletas de vaidades humanas.
2 comentários:
Adorei o artigo... E principalmente as perguntas e respostas. Parabéns
Adorei o artigo... E principalmente as perguntas e respostas. Parabéns
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