Olá Ocultos! estamos de volta com mais um episódio do nosso conto TNVR da semana. Depois de uma semana cheia de surpresas é bom relaxar nesse domingão com uma boa leitura não é mesmo. E falando nisso nosso amigo Eny também esta afim de descansar depois de tanto sofrer nas mãos de criaturas tão tenebrosas é hora de voltar para casa e nos mostrar um pouco mais da sua vida e nos deixar por dentro de onde toda essa trama esta se passando, então vamos lá para mais um episódio, aproveitem fui!!!!
7—Voltando para casa
Rua
sanctus elementun 58
PARTE 7
7—Voltando para casa
Ainda estou na
floresta, observo as redondezas tentando me localizar, não devo estar longe da
colina das almas e da velha cabana abandonada. Gotas de uma chuva gelada caem
sobre meu rosto, ainda esta muito frio. A minha frente se desdobra uma estrada
de cascalhos brancos em meio a vegetação densa. Estou a pelo menos uns10
quilômetros de foggy city. A caminhada será bem mais longa e exaustiva do que
eu poderia imaginar.
Sem me deter mais naquele lugar caminhei de forma lenta aumentando os passos de vagar. Raios de sol entre um céu nublado podia ser visto após alguns minutos, e em pouco mais de uma hora já andava pelas ruas desertas de foggy city. As ruas estavam vazias, um vulto atrás da cortina em uma construção me chamou atenção, era a sra. Witcks, a velha senhora witcks sempre observava toda a movimentação ao redor, e do seu terceiro andar podia observar bem o fluxo de pessoas pela avenida dupla que cortava a cidade das nevoas. As paredes tinham uma coloração cinza, diferente do colorido em dias ensolarados, o frio fazia com que seus habitantes se mantivessem fechados em suas casas. Alguns poucos veículos estacionados, decoravam a visão de uma cidade pacata e tranquila, esta era foggy city.
Sem me deter mais naquele lugar caminhei de forma lenta aumentando os passos de vagar. Raios de sol entre um céu nublado podia ser visto após alguns minutos, e em pouco mais de uma hora já andava pelas ruas desertas de foggy city. As ruas estavam vazias, um vulto atrás da cortina em uma construção me chamou atenção, era a sra. Witcks, a velha senhora witcks sempre observava toda a movimentação ao redor, e do seu terceiro andar podia observar bem o fluxo de pessoas pela avenida dupla que cortava a cidade das nevoas. As paredes tinham uma coloração cinza, diferente do colorido em dias ensolarados, o frio fazia com que seus habitantes se mantivessem fechados em suas casas. Alguns poucos veículos estacionados, decoravam a visão de uma cidade pacata e tranquila, esta era foggy city.
O apartamento de
segundo andar estava da mesma forma que eu havia deixado a pelo menos dois
dias, um cheiro estranho vinha da cozinha onde alguns pratos com oque fora
minha ultima refeição apodreciam acumulando algumas moscas.
“mas que droga, tenho
que limpar essa bagunça”
Não gastei mais que 40
minutos para organizar tudo e me deitar na banheira sentindo a agua morna e
relaxante aliviando as tensões do meu corpo, ainda meditava em tudo oque eu
havia experimentado e por um instante tudo se parecia muito com uma historia de
ficção, ou um sonho, melhor um pesadelo.
Ainda não tinha ideia do que estava por vir, e entre esses delírios
pensei se realmente tudo não havia passado de uma alucinação. Me demorei observando em meu corpo os sinais
da tortura de Pérgamo, sem essas cicatrizes eu realmente nuca acreditaria que
aquilo havia sido real. Algumas vezes me recordo de Havy, e de como ela deve
estar preocupada com tudo o que aconteceu, nossa ultima conversa, meu sumiço
inesperado, afinal já fazem dois dias que eu me isolei na velha cabana, “ou
seria mais?’
“talvez eu devesse
ligar para ela”
Pensamentos assim
permeavam a minha mente, me fazendo sentir náuseas e uma preocupação estranha
com respeito a tudo oque eu buscava encontrar no meu isolamento. O homem
obscuro é realmente uma figura sinistra, muito mais que Pérgamo, ou o próprio
demônio Pymatu. Seres realmente estranhos que ainda não sei ao certo ate aonde
irão me manipular.
*DING! DING!*
O som alto da campainha
me tirou dos mundos mentais onde me perdia em questionamentos. Realmente não
estava esperando visitas, apesar de que poderia ser Havy, em busca de saber
sobre minha situação. Caminhei de vagar
ate alcançar maçaneta e girar lentamente, atrás da porta um homem de meia
altura usando uma roupa azul, e boné. Carregava ao lado do corpo uma mala
grande de cor preta, era ao estilo dos carteiros mesmo que sua aparência me
transmitia algo de mais sombrio.
— senhor Enelac stormy?
— sim, sou eu.
— para o senhor, assine
aqui, por favor.
Após me entregar um
envelope de papel amarelado, o homem se retirou de forma rápida sem olhar para
traz. Um envelope grande não muito pesado, fechado por um selo vermelho
arredondado na figura de dois dragões entre cortados por uma espada. Sentei-me
em um dos acentos ali e o abri para me deparar com um pequeno bilhete escrito
em papel comum e algumas fotos. O bilhete dizia:
Caro
Enelac Stormy, que bom saber que se recupera de seu infortúnio anterior e
momentâneo, desejamos melhoras, mas que não a tempo a perder e segundo oque já
anteriormente lhe foi informado é tempo de colocar em pratica os nossos
intentos e para isso sua ajuda é de suma importância, junto com esta carta lhe
enviei algumas fotografias, estas lhe mostrarão o motivo de termos vindo em seu
encontro quando nos chamou, é para este trabalho que sua sombra foi conjurada.
Não desejo que sofras mais dano por isso me encontre no café rose amanha às 19
horas e irei lhe dizer alguns outros por menores do trabalho que lhe compete.
Ass.
H.O
As imagens nas
fotografias eram da igreja Antiga das almas santas, Gamlehelgen,
imagens do mosteiro abandonado e das criptas que ficam no mesmo terreno onde a
construção foi edificada. A ¹paróquia era administrada pelo padre Raseck pároco
a muitos anos de Gamlehelgen, eu mesmo havia crescido ouvindo muito dos seus
sermões, pois minha família sempre foi religiosa e seguidores fiéis da doutrina
²ortodoxa. Não havia duvidas em minha mente que o recado viera do homem
obscuro, por mais que não tenha revelado seu nome para mim, ele lia meus
pensamentos e sabia que eu o chamava assim e ate mesmo brincava com isso agora.
Por um momento pensei em fugir da cidade das nevoas, deixar foggy city para
trás e esquecer tudo, mas que males maiores eu poderia criar para aqueles que
eu amo, Pérgamo poderia muito bem se vingar assassinando alguns deles, ou pior
a cidade toda. Nunca em minha mente fora concebido tamanho poder em criaturas
que ate pouco tempo atrás para mim eram realmente mitológicas. E não saberia de
outra forma como resolver toda essa confusão em que me meti se não por mim
mesmo encarando toda situação. De um salto resolvi em minha mente que não
poderia ficar a mercê mais uma vez de Pérgamo, se eu teria que enfrentar o
momento de estar frente a frente com esses seres eu deveria buscar uma maneira
de ficar pelo menos em algum tipo de vantagem.
“eu me meti nessa
confusão, então tenho que me preparar melhor”
Revirei a escrivaninha
em busca das anotações que fizera antes, passei alguns meses fazendo
planejamentos e comprando objetos.
***
“mas é claro, como não pensei nisso antes,
Elym!”
***
¹A paróquia é uma
subdivisão territorial de uma diocese, eparquia ou bispado, dentro da Igreja Católica, a Comunhão Anglicana, a Igreja Ortodoxa Oriental, a Igreja da Suécia, a Igreja Presbiteriana (embora não possua governo episcopal) e de algumas
outras igrejas. A palavra "paróquia" é também usada para se referir
de um modo mais geral ao conjunto de pessoas que frequentam uma determinada
igreja. Neste uso, uma paróquia é um ministro que serve uma congregação.
²A Igreja Ortodoxa é uma igreja cristã,
considerada, como uma doutrina semelhante à
da Igreja Católica, mas
como o termo mesmo diz, possui uma doutrina mais reta,
mais rígida. ... A Igreja
Ortodoxa se vê como a
verdadeira igreja criada por
Jesus Cristo, além de não reconhecerem o Papa como autoridade.