“No princípio Deus criou
os céus e a terra. Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do
abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Disse Deus: “Haja
luz”, e houve luz”.
Em todo trabalho a que se propõe o homem
executar, está implícito o seu desejo de criar. Tudo o que fizemos desde nossos
primórdios na existência material foi de certa maneira criar, ou transformar o
meio ambiente no qual existimos. O ato de criação esta interligado diretamente
ao nosso instinto de sobrevivência, e também a nosso Eu mais íntimo.
Muito se houve falar da busca material e
da busca por riquezas, e todas elas levam as mais variadas formas de
perturbações. A quem diga que essa busca é sinal de atraso evolutivo, e que os
que se aventuram nessa área buscam apenas satisfazer seu próprio ego, e ainda
aqueles que acusam certas forças astrais como a detentora deste poder que para
esses últimos é obra maligna que corrompem o ser humano.
Quando refletimos sobre nossos atos
criadores observamos que essa faceta do espirito humano, herdada da sua própria
fonte geradora – DEUS – é motivada por algo mais que simplesmente o ego, ou a
satisfação pelo prazer de se obter tais coisas, como o ouro, a fama e o poder,
claro que há os que dormem e vivem nesses pequenos “prazeres momentâneos”, toda
sua ilusão de vida.
Tratamos então essa necessidade como uma
obrigação imposta não pelo sistema criado pelo racionalismo humano, ou por uma
força diabólica qualquer, mas unicamente pela nossa prisão carnal, ou seja,
nosso corpo. Tudo o que desenvolvemos em nossa história existencial até agora
foi unicamente para a conservação, e manutenção do corpo. Esta máquina complexa
- que guarda e aprisiona ao mesmo tempo -, o Espirito imortal, que somos.
Encaramos o ato de criar, apenas do ponto
de vista da matéria, encaramos apenas como ato criativo aquilo que podemos
tocar, e sentir com nossos 5 sentidos naturais, nos apegamos fielmente nestas
questões aparentes como a única forma da manifestação criativa do homem.
Desconhecendo as formas mais sutis de
criação as pessoas vivem inertes em seus sonhos e pesadelos. Suas mentes
divagam nessas buscas constantemente e dia após dia por não conseguirem
realiza-las estas mesmas passam a ter um caráter de frustação, angustia medo,
insatisfação, inveja e desejos obscuros. As almas não compreendem a posição
destas coisas dentro do seu processo existencial, e por uma supervalorização da
autopreservação acabam produzindo atos macabros que levam a todo tipo de
degeneração do espirito humano.