Desde os tempos antigos, todas as religiões, seitas, escolas espiritualistas e sistemas de instrução dão uma grande importância à flagelos e mortificações da carne. Em alguns sistemas do Oriente essas práticas chegaram até aos limites do fanatismo, o que pode provocar grandes danos, pois o exagero nesse caso não é natural nem adequado. Em linhas gerais, a mortificação do corpo é tão unilateral quanto o desenvolvimento de um único lado do corpo em detrimento do outro. Quando a abstenção, sob forma de dieta, serve para libertar o corpo de diversas mazelas e impurezas, além de eliminar doenças e equilibrar desarmonias, então a sua utilização é correta. Mas de qualquer maneira devemos protegê-la de todo o exagero. Quando alguém trabalha duro, fisicamente, é uma loucura suspender a alimentação necessária à manutenção do corpo, só por causa da ioga ou algum outro exercício místico. Tais extremos levam inevitavelmente a danos de saúde de graves conseqüências. O vegetarianismo, na medida em que não é usado como meio para um fim, como p.e. para a purificação do corpo, não é imprescindível para a evolução ou o progresso espiritual. Uma abstenção temporária de carne ou de alimentos de origem animal pode ser adotada só para determinadas operações mágicas, e também como preparação, mas só por um certo período de tempo. A mesma coisa vale para a abstenção de relações sexuais.
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