Olá ocultos! Tudo bem com voces? aqui estamos com mais um episódio do nosso TNVR! Depois de uma semana de muito frio e chuva nada melhor que um final de semana de sol que fez o meu domingo ficar mais agravel! Espero que o de voces também tenha sido assim, bem agradável. Hoje vamos conhecer um pouco dos mistérios da magia antiga, aquela que as 7 igrejas e a ordem dos corvos estão buscando, então nada melhor do que uma boa viajem no tempo... Espero que gostem do episódio e aproveitem, então vamos nessa? Boa viajem!!! Fui!!!!
PARTE 12
12– Niceia 325 D.C
O imperador observava atentamente
os objetos reluzentes sobre a grande mesa meditando profundamente na grande
beleza e poder que irradiavam. Nunca em sua vida tinha visto tamanha dignidade
e temor como agora. Seus olhos reluziam e sua face tremulava enquanto contemplava
as peças a sua frente, fazendo com que os demais presentes no grande salão
ficassem atônitos e sem reação. Respirações profundas podiam ser ouvidas de
todos que estavam presentes ao mesmo tempo em que uma brisa gelada invadia o
castelo quebrando o silêncio e a concentração de todos. Eusébio de cessareia
anotava tudo meticulosamente em seus pergaminhos enquanto alguns apenas
observavam sem saber realmente do que se tratavam as peças depositadas sobre a
mesa. Realmente nada daquilo poderia ser explicado facilmente e o imperador
sabia certamente que para alguns o melhor seria a ignorância sobre tais
artefatos. Uma coisa era certa em sua mente, as palavras que seriam ditas ali
não eram fáceis de digerir nem seria conveniente para os povos comuns saberem
da existência de tais coisas, assim sendo estavam presentes na sala os lideres
espirituais representantes da santa igreja que deveriam compreender melhor o
verdadeiro motivo de tal assembleia.
– imperador? – um velho
bispo chama de um canto da mesa, expressando em seu tom respeito e reverência.
– Evágrio! Prossiga!
Evágrio
nascera em Epifânia, uma humilde cidade na Síria Salutar localizada perto do
rio Orontes, no coração do Império Romano do Oriente. Acadêmico e estudioso das
mais variadas epidemias que assolavam o mundo, sabia bem do poder e das forças
por traz de tais maldições.
–
creio que devemos agora tratar dos assuntos relacionados aos querubins?
–
sim! Claro, pois aqui estamos para decidir sobre vosso futuro. – o imperador
demonstrou certo temor enquanto concluía sua fala.
Evágrio
se, pois de pé contemplando as peças sobre a mesa, num profundo temor, seus
olhos varreram o grande salão pairando sobre um homem de barbas esbranquiçadas
num canto da sala.
–
caro Eusébio, digna-te a nos falar sobre tais coisas, vossa sabedoria aqui é em
muito maior que a nossa sobre tais assuntos.
O
homem se, pois de pé desajeitadamente, enrolando alguns de seus pergaminhos e
pondo-os sob seu braço enquanto alguns simplesmente caíram ao chão. Sua túnica
branca cheirava a tinta e couro, e seus olhos vividos brilhavam enquanto se
aproximava da grande mesa.
–
senhores caríssimos, vossa majestade – o homem se curvou, – aqui estamos diante
de tamanho desafio, não um simples e qualquer desafio, nem como nada que já
tenhamos visto antes, pois se fosseis contra a carne e sangue como o amado
apostolo já nos anunciara, certamente que nada nos abalaria. Mas cá estamos e
diante de vós sobre a mesa verão objetos de aparência simplória, se não fora
pelo aspecto dourado de um ouro mais puro já visto nenhum dos senhores os
notaria, mas eis que diante de vos esta a chave que abre as portas do céu e do
inferno. Esteve em poder dos judeus por séculos e depois se perdeu em mãos de
vários governantes causando guerra doença e morte, ate que retornou a Esdras, e
ficou oculto ate os dias em que os templários em uma de suas incursões por Jerusalém
os obteve, não todos, pois nunca poderiam ficar unidos em mãos mortais que não
tivessem a linhagem sagrada dos querubins, mas em parte assim se tornaria
seguro os manusear, por isso aqui estamos com três das quatro partes do grande
enigma de Deus dado aos homens e construídos por Bezalel, diante de vós estão
os querubins sagrados.
Vozes
simultâneas puderam ser ouvidas e um som como de varias abelhas tomaram a sala,
alguns demonstravam tamanho temor que lhes faltavam o ar, enquanto outros
gesticulavam suas mãos em atos de desaprovação.
–
queres que acreditemos que diante de nós estão os querubins da arca? Disse um
com voz sarcástica.
–
e se fores! Por que não vendemos e compramos um bom vinho.– gritou outro
enquanto ria.
Do
canto da sala se levantou uma figura diferente, um homem de vestimenta negra,
com peles de lobo sobre os ombros, um aspecto de caçador. Seus paços foram
firmes em direção a mesa, suas mãos grandes tocaram os objetos fazendo com que
eles brilhassem. A sala ficou em silencio diante de tal figura.
–
RE.ALU. DNVA!
O
homem de vestimenta de peles pronunciou lentamente. Os objetos então
tremeluzindo sobre a mesa flutuaram até altura de dois metros expandido um
brilho dourado tal qual os raios solares e um tremor começou abalar o castelo,
causando pânico em todos que ali estavam. O imperador observava apático e sem
expressão aos eventos a sua frente contemplando a beleza aterradora dos
querubins
–
Silanar von Raseck! Já basta!
***
Padre
Raseck suspirou profundamente enquanto observava alguns prédios e casas ao
redor de Gamlehelgen, Eny apenas observava atônito a figura
de Raseck a sua frente, tentando digerir as informações que recebera do padre. Compreendera
agora que essa guerra entre a luz e as trevas o bem e o mal é mais antiga do
que ele imaginava. Compreendeu que seus atos o levaram a uma guerra milenar,
sangrenta e diabólica.
– Assim Enelac, os
Raseck se tornaram guardiões da humanidade, muito antes de mim ou de você, ou
de qualquer um que já tenha conhecido. Tudo isso começou com Bezalel Raseck.
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